Escritor que inspirou o filme Tropa de Elite afirma não
entender por que a Constituição de 1988 não alcançou os militares.
Luiz Eduardo Soares já foi secretário nacional de Segurança
Pública e titular da mesma pasta no estado do Rio de Janeiro.
Já escreveu vários artigos e livros sobre a temática, entre eles a obra Elite da Tropa, que acabou por inspirar o filme Tropa de Elite. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o escritor – que é também antropólogo – tocou num assunto extremamente discutido nos pátios dos batalhões de Polícia Militar brasileiros: o sobrenome ‘militar’.
Em artigo publicado recentemente, Luiz Eduardo disse que “não ousamos tocar no cordão umbilical que liga as Polícias Militares ao Exército”, fazendo alusão aos 25 anos da Constituição Federal de 1988 sem que, nesse ponto, nada tenha sido mudado.
- Já escrevi muito a esse respeito, mas nunca me dei por satisfeito. Sempre me pergunto: como é possível que um país que se transforma todo o dia possa enfrentar um de seus maiores problemas, a insegurança pública, com instituições organizadas pelo passado. Claro, na transição era preciso aceitar as imposições dos militares. Mas se passaram 25 anos. Não há como justificarmos nossa inércia com temores de golpes militares – declarou Luiz Eduardo.
Cidadania limitada
A Constituição de 1988 é chamada por muitos de “Constituição Cidadã”, uma vez que rompeu com o período [muito pouco saudoso] da Ditadura Militar no Brasil, trazendo preceitos democráticos e ampla liberdade de opinião e manifestação do pensamento para a sociedade brasileira.
Exceto para os militares.
Já escreveu vários artigos e livros sobre a temática, entre eles a obra Elite da Tropa, que acabou por inspirar o filme Tropa de Elite. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o escritor – que é também antropólogo – tocou num assunto extremamente discutido nos pátios dos batalhões de Polícia Militar brasileiros: o sobrenome ‘militar’.
Em artigo publicado recentemente, Luiz Eduardo disse que “não ousamos tocar no cordão umbilical que liga as Polícias Militares ao Exército”, fazendo alusão aos 25 anos da Constituição Federal de 1988 sem que, nesse ponto, nada tenha sido mudado.
- Já escrevi muito a esse respeito, mas nunca me dei por satisfeito. Sempre me pergunto: como é possível que um país que se transforma todo o dia possa enfrentar um de seus maiores problemas, a insegurança pública, com instituições organizadas pelo passado. Claro, na transição era preciso aceitar as imposições dos militares. Mas se passaram 25 anos. Não há como justificarmos nossa inércia com temores de golpes militares – declarou Luiz Eduardo.
Cidadania limitada
A Constituição de 1988 é chamada por muitos de “Constituição Cidadã”, uma vez que rompeu com o período [muito pouco saudoso] da Ditadura Militar no Brasil, trazendo preceitos democráticos e ampla liberdade de opinião e manifestação do pensamento para a sociedade brasileira.
Exceto para os militares.
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