segunda-feira, 3 de agosto de 2009

EM BUSCA DA RAZÃO




O CANTO DA SEREIA



Senhores Praças da Policia Militar cuidado com o canto da sereia para depois não chorarem o leite derramado, estão tentando seduzi-los para terem legitimidade com proposta que não vai atender à aspiração da categoria no que diz respeito a ascensão profissional. Tornou-se uma prática comum atribuírem aos praças as mazelas que são responsáveis por levarem a Instituição ao caos e conduzi-la a todo um processo de falência. Quando o Chefe Maior vai a público e desclassifica seus subordinados omitindo os verdadeiros responsáveis pelo atual quadro, significa que a Instituição chegou ao fundo do poço e precisa ser repensada.
Os resultados negativos apresentados ao longo dos anos com um percentual muito baixo de aprovação, onde apenas 20% (vinte por cento) da população confiam na corporação, está demonstrando que o principal problema é o modelo de organização estrutural que além de não atender os interesses profissionais da categoria não foi capaz de promover uma prestação de serviço de qualidade para à sociedade.
O atual modelo hierárquico copiado das forças armadas, é excessivo, provoca engessamento, reduz consideravelmente o efetivo e abre espaço para a criação de cargos que não tem nenhuma relação com a atividade policial, serve apenas para justificar compensações como a gratificação de encargos especiais, que é inadmissível a sua concessão por ser o cargo compatível com o grau hierárquico conforme previsto respectivamente nas leis 443 e 279.
A importância do enxugamento dos graus hierárquicos proporcionará a redução do distanciamento salarial entre a base e o topo, aumentará expressivamente o efetivo na atividade fim e permitirá maior poder de decisão a todos os segmentos que estão diretamente ligados ao exercício da atividade policial, dando-lhes motivação e reconhecimento.
Essas são medidas que podem ser aplicadas imediatamente porque não vão gerar nenhum ônus financeiro para o erário público e surtirá o efeito desejado com a redução do crime, trazendo-o a patamares suportáveis levando uma maior tranqüilidade para a sociedade.
Como senão bastasse tantos equívocos os policiais militares, são obrigados a conviverem com uma cultura que até hoje é absorvida e induz a acreditarem na existência da função policial militar, como se a categoria fosse formada por acéfalos, a função policial é única e de natureza civil e não cabe nenhum tipo de adjetivo.





Vanderlei Ribeiro
Dir. Pres. ASPRA-PM/BM-RJ