quarta-feira, 21 de outubro de 2009

BANALIZAÇÃO DA VIDA

DESRESPEITO À VIDA OU ERRO DE ESTRATÉGIA NO POLICIAMENTO ?

Diante de vários acontecimentos de atos de violência e vandalismo praticados contra os nossos companheiros (praças) da Policia Militar, em serviço, e em especial o fato recente ocorrido com um cabo PM, escalado de serviço, sozinho, em uma cabina, totalmente exposto, abandonado a própria sorte, a qual já fora alvo de ataque de marginais, em total desacordo com as normas previstas para tal modalidade de policiamento, ter sido atacado, tendo o seu armamento roubado, numa clara demonstração de que existe uma grande falha na estratégia de policiamento, associada a banalização da vida dos nossos policiais por parte dos órgãos governamentais e por quem tem o poder de escalar o homem para tal serviço solitário e perigoso.
A Associação de Praças da Policia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro não poderia deixar de se manifestar clamando para os diversos setores sociais e para os poderes constituídos, que atentem para a questão da violência praticada não só contra a sociedade, que encontra-se refém da criminalidade como dos nossos policiais operadores da segurança pública.
A nossa entidade não poderia deixar de apresentar o seu protesto, diante das sucessivas falhas que vem sendo identificadas no policiamento, comprometendo todo serviço bem como colocando em grandioso risco a vida dos policiais.
É inadmissível que a Instituição não esteja preocupada e comprometida com um estudo que sirva para avaliar as falhas existentes procurando desenvolver novas estratégias para barrar a ousadia dos criminosos.
É preciso com urgência melhorar a prestação do serviço modificando o modus operandi para evitar a vulnerabilidade dos policiais, oferecendo-lhes maior segurança com novas estratégias de policiamento, uma vez que os métodos utilizados não tem correspondido a expectativa da sociedade e muito menos contribuído para a proteção pessoal dos policiais que a cada dia são surpreendidos com ações ousadas dos criminosos.
Os fatos nos levam a solicitar aos órgãos competentes medidas eficazes, que responsabilizem os comandos por sucessivos erros de estratégia que tem ceifado tantas vidas, deixado vulneráveis os nossos praças, e manchado a nossa cidade com um verdadeiro rastro de sangue dos nossos companheiros.

Vanderlei Ribeiro
Dir.Pres.ASPRA-PM/BM-RJ

Um comentário:

Anônimo disse...

Quarta-feira, 4 Novembro, 2009
PEC 300: R$ 4,5 mil para PM e Bombeiros
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que aumenta substancialmente o piso dos policiais e bombeiros militares de todo o País, teve importante avanço ontem, na Câmara dos Deputados. O relator da proposta, deputado Major Fábio (DEM-PB), apresentou ...

substitutivo que determina um piso de R$ 4,5 mil para as classes, incluindo inativos e pensionistas. Para não incorrer em inconstitucionalidade, o deputado evitou a vinculação do valor aos salários dos PMs e bombeiros do Distrito Federal, conforme o texto original.

A notícia foi bem recebida em diversos batalhões e comemorada por policiais militares do Rio. A comissão especial vai votar a proposta no próximo dia 17. Antes do processo final, a PEC também será votada pelo plenário da Casa.

Em entrevista à Agência Câmara, Major Fábio disse que a proposta tem como objetivo oferecer um salário mais digno aos policiais e bombeiros. O parlamentar afirmou que não pretende promover aumento excessivo de gastos: "Não queremos que um policial militar vá morar em um apartamento caro, na beira da praia. Queremos que continue onde mora, mas com dignidade, em uma casa própria e com conforto para a família".

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), autor da PEC 300, não gostou da modificação feita por Major Fábio e defendeu a vinculação dos salários com o Distrito Federal como indispensável.

FUNDO DE CUSTEIO

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou ontem a Proposta de Emenda à Constituição 41/08, que determina a fixação de piso salarial para policiais (civis e militares) e bombeiros e a criação de fundo com recursos federais para custear a complementação salarial dos grupos.

PROMESSA DE APOIO

O piso deverá ser definido por lei federal, assim como o prazo e as prioridades para implementação da medida. Antes de aprovar a legislação, que vai modificar o piso, o governo poderá garantir apoio financeiro aos estados que precisarem de complementação de recursos para pagar os policiais.

PRAZO DE UM ANO

Relator da proposta, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), incluiu emenda que estabelece que os recursos começarão a ser transferidos dentro do prazo de um ano, após aprovação da PEC 41/08, por meio do Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci). A proposta teve apoio unânime.